Trabalhos de Conclusão de Residência  - Turma 2022/2024

Autor: Felipe Diniz de Mattos

Introdução: Conforme a caderno de atenção básica de 2013 “SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA”, os usuários têm assegurados os direitos sexuais e reprodutivos, sendo essa uma prioridade do governo e o planejamento familiar uma responsabilidade do estado. Hoje é disponibilizado pelo SUS diversos métodos contraceptivos, todos gratuitos, dentre eles podemos destacar “preservativos internos e externos (camisinha), pílula oral, minipílula, injetável mensal, injetável trimestral, dispositivo intrauterino (DIU), pílula anticoncepcional de emergência, diafragma e anéis medidores” além dos procedimentos cirúrgicos, Laqueadura e Vasectomia como forma de contracepção definitiva. Objetivos: Identificar as principais barreiras no acesso ao planejamento familiar na perspectiva dos enfermeiros da estratégia saúde da família de uma unidade de saúde escola. Método: Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, com análise de dados primários, realizada através de entrevistas com enfermeiros de uma unidade de saúde da família. Resultados: Dos participantes entrevistados, quatro se identificaram pelo gênero feminino, cisgênero. Duas cursavam a residência em saúde da família. A idade média foi de 32,2 anos. Considerando o tempo de formação, houve uma disparidade, estando as enfermeiras residentes entre as com menor tempo de formadas, média de um ano e meio, enquanto as demais enfermeiras foi de 17,5 anos. Com a análise dos dados emergiram duas categorias temáticas: Planejamento familiar – processo de trabalho e formação do enfermeiro e “Mais do mesmo” – atuação do enfermeiro na atenção primária a saúde em uma unidade com programa de residência multiprofissional em saúde da família.

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Autor: Paulo Augusto Franco Silva

Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamentada na cartografia. O objetivo foi debater como está sendo realizado o atendimento da população transexual e travesti na APS em Campo Grande – MS e discutir se as políticas públicas voltadas à essa população estão sendo efetivas nos serviços de saúde. Por meio de relatos feitos a partir de encontros entre o pesquisador com os/as pacientes e profissionais nos espaços de atendimento de uma USF, acompanho o objeto de estudo sem deixar de lado as inquietações diárias presentes. A partir de duas cenas, discuto neste trabalho sobre como as iniciativas de fortalecimento e garantia dos direitos da população LGBTQIA+ são lideradas muitas vezes por indivíduos e não por ações institucionais, transformando o cuidado às pessoas transexuais e travestis em um processo de resistência, coordenado coletivamente por poucos/as. Além disso, reflito sobre como os espaços destinados à promoção da saúde acabam perpetuando violências que impactam a saúde tanto em usuários/as quanto em profissionais da saúde transgêneros que atuam nesses locais. Tais reflexões apontam a resistência de profissionais na efetivação das políticas públicas voltadas à população trans e sugere que há uma necessidade de capacitação continuada e atualização acerca de temáticas de gênero e sexualidade.

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Autora: Adriyely de Oliveira

Introdução: A atenção primária em saúde desempenha um papel crucial no atendimento de mulheres em situação de violência doméstica, sendo a porta de entrada para usuárias. Objetivo: buscou compreender a percepção desses profissionais sobre o fluxo de atendimento a mulheres em situação de violência doméstica. Metodologia: Estudo qualitativo descrito-exploratório, realizado em agosto de 2023 com 20 profissionais de saúde em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Resultados e discussões: Os resultados revelaram desconhecimento do fluxo, dificuldades no atendimento e estratégias adotadas pelos profissionais. A subnotificação da violência doméstica é atribuída à inexperiência e falta de capacitação dos profissionais, além de obstáculos como estrutura física inadequada e sobrecarga de trabalho. Sugere-se a reflexão sobre a criação de um fluxograma na Atenção Primária em Saúde, protocolos orientadores, o desenvolvimento contínuo de ferramentas e capacitações e mais pesquisas são essenciais.

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Autora: Andrea Gomes da Silva

O objetivo deste estudo é identificar a prevalência de doenças detectadas pela triagem neonatal biológica, especificamente nos municípios do Estado do Mato Grosso do Sul. Dessa forma, trazer abordagens sobre o acompanhamento após o diagnóstico de alterações na triagem neonatal através do IPED/APAE de Campo Grande/MS e, apontar as estratégias para mitigar falhas no pré-natal, afim de evitar possíveis sequelas no bebê. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva exploratória, de abordagem quantitativa com dados secundários advindos de documentos relativos à triagem resultados da triagem neonatal, no período de 2020 a 2022. Os Resultados obtidos apontaram que, entre as doenças detectadas no período entre 2020 e 2022, pelo teste do pezinho, a de maior prevalência diagnosticada em Mato Grosso do Sul foi a Toxoplasmose congênita, doença que pode ocorrer através da infecção da mãe durante a gestação, que tem em suas características sequelas neurológicas e oftalmológicas. Comprovou-se que a toxoplasmose tem alta prevalência no Brasil e essencialmente no Estado de MS. As outras principais doenças detectadas foram, hipotireoidismo, doença falciforme e outras hemoglobinopatias em menor proporções diagnosticadas, mas que também foram caracterizadas neste estudo. Contudo, a prevalência da toxoplasmose pode variar significativamente entre diferentes regiões, mas está presente em diagnósticos em diversos estados, que pode ser atribuída a uma combinação de fatores ambientais, sociais e econômicos. Concluiu-se que este estudo reforçou a importância da vigilância constante, do aprimoramento técnico e do desenvolvimento de políticas públicas efetivas para a triagem neonatal em Mato Grosso do Sul. A busca contínua por avanços na área da neonatologia é essencial para assegurar que cada recém-nascido tenha a oportunidade de iniciar sua jornada com saúde e bem-estar, refletindo positivamente no futuro da sociedade.

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Autora: Beatriz da Silva Oliveira

A Atenção Primária à Saúde é responsável por realizar os cuidados primários em saúde de maneira integral, aplicando a coordenação do cuidado e o atendimento contínuo durante todos os ciclos de vida. Para auxiliar neste processo, existem modelos assistenciais que organizam o processo de trabalho em saúde de forma sistematizada. Para garantir o monitoramento eficaz, ferramentas são utilizadas, como os indicadores em saúde, por exemplo. Objetivo: Analisar o Programa Previne Brasil a partir da experiência de uma equipe de Saúde da Família em Campo Grande/MS. Justificativa: A pesquisa abordou um tema relevante não só para os trabalhadores em saúde, mas também para a população, visto que com acesso à informação, empoderamento, e autonomia mútua será possível atingir as atribuições de promoção, prevenção e o princípio da descentralização da saúde de forma contínua, organizada e sistematizada. Metodologia: Os participantes da pesquisa foram profissionais lotados em uma equipe de saúde da família e equipe de saúde bucal no ano de 2023. Os dados foram coletados por meio de observação participante com registro em diário de campo e análise documental. Foram analisados documentos referentes às normativas do Programa Previne Brasil, de nível federal, além de documentos elaborados pela gestão municipal. A análise de dados foi feira através da análise de conteúdo. Resultados principais: A análise dos dados permitiu a elaboração de categorias sobre o processo de monitoramento de indicadores do Programa Previne Brasil no cotidiano das equipes de saúde Organização dos Processos de Trabalho e Ações de Cuidado Integral.

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Autora: Beatriz Thaynara Caetano da Silva

A partir da criação do SUS e da inclusão de políticas públicas sobre a atenção primária, a estratégia saúde da família vem buscando a mudança do foco curativo e individual, instituindo princípios que buscam atender a população de forma integral e contínua, estabelecendo ações de saúde que promovam a promoção, prevenção e reabilitação da saúde tanto no âmbito coletivo como no individual. O profissional de educação física, inserido na atenção primária através do NASF e das residências multiprofissionais, busca ampliar o acesso à prática da atividade física, fortalecendo e melhorando as ações de saúde através do cuidado integral ao usuário. Com objetivo de fortalecer o papel deste profissional frente a população atendida na atenção primária e os profissionais de saúde, foi realizado o projeto de intervenção que abordou profissionais atuantes na unidade de saúde e usuários frequentadores da USF, a metodologia escolhida foi a EPS trabalhada com os profissionais da saúde, e rodas de conversas com a população participante. Através do presente estudo foi possível demonstrar as potencialidades, vulnerabilidades e a visibilidade do trabalho deste profissional, além da possibilidade de planejar novas mudanças que consigam incorporar melhor e maior acesso da população a práticas de atividade física. É ainda essencial continuar investindo na educação em saúde de forma a mudar e melhorar a adesão da população e também dos profissionais em relação ao trabalho do PEF, levando em consideração não somente o reconhecimento da categoria profissional, como também o rompimento da abordagem médico centrada ainda muito presente na população.

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Autora: Brenda Hellen Lima da Rocha

O exame citopatológico tem por finalidade realizar o rastreamento de câncer de colo de útero. O Ministério da Saúde recomenda que a coleta de exame seja realizada em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. Realizando dois exames anuais consecutivos e apresentando resultados negativos para malignidade, os próximos exames podem ser realizados com intervalos de três anos entre eles. Em uma Unidade de Saúde da Família no município de Campo Grande, MS, observa-se uma baixa adesão ao exame. Este trabalho buscou identificar fatores que têm influenciado essa fragilidade, propondo e aplicando um plano de intervenção que buscou aumentar a cobertura do exame. Foi realizada atividade de educação permanente com Agentes Comunitários de Saúde de uma equipe da Unidade de Saúde da Família, a fim de intensificar a busca ativa às mulheres na idade preconizada, esclarecendo a respeito do exame e sensibilizando essas mulheres quanto à importância da saúde preventiva.

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Autora: Cintia Aparecida Julio de Queiroz

Introdução As coberturas vacinais no Brasil apresentaram queda desde 2016. A pandemia da COVID-19 impactou na busca da população pelas vacinas de rotina nas unidades de saúde. O presente estudo objetivou analisar a cobertura vacinal em menores de 5 anos nos anos de 2019, 2021 e 2022, que remetem paralelamente aos períodos pré, durante e pós pandemia de COVID- 19. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, usando como base de informações epidemiológicas das coberturas vacinais, extraídas dos sistemas DATASUS/SI-PNI. Sendo extraídos os dados da cobertura vacinal de rotina do Brasil, o estado de Mato Grosso do Sul, o município de Campo Grande nos períodos que antecederam, durante e posterior à pandemia de COVID-19. O período de coleta de dados ocorreu entre os meses de julho a dezembro de 2023. Resultados: Observou-se queda nos dados vacinais de todos os imunobiológicos no período pandêmico, seguidamente de aumento nas doses vacinais do ano seguinte (2022). Considerações finais: Contempla-se que já haviam problemas relacionados à queda da cobertura vacinal e, com o advento da pandemia, foram evidenciadas as falhas nos registros, no repasse dos bancos de dados, falta de imunobiológico e na desinformação da população, reforçada pela disseminação de Fake News.

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Autora: Edna Roselia de Souza Pereira

Esse estudo busca analisar a qualidade da assistência à saúde ofertadas aos usuários com deficiência auditiva, considerando as disparidades na forma de comunicação entre profissionais e pacientes. Trata-se de uma pesquisa analítica do tipo transversal, onde as informações são apresentadas em uma abordagem qualitativa, exploratória descritiva, através da coleta de informações mediante aplicação de questionário. Foi realizado em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde da rede de saúde do município de Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, onde foram selecionados todos os usuários que possuíam algum grau de perda auditiva e que estivessem vinculados a uma Unidade de Saúde da Família. Participaram da pesquisa um total de 3 usuários, que apresentaram a utilização da LIBRAS como meio de comunicação unânime, indicando que consideram importante o aprendizado da Língua de Sinais na rede de saúde. Além disso, destaca-se a sinalização por parte dos participantes acerca de que a LIBRAS pode ser um fator que atrapalha a comunicação entre o surdo e o profissional de saúde, outra evidência é de que o esforço da comunicação não deve partir do sujeito surdo, mas do profissional de saúde. Concluiu-se que existem diversos meios de comunicação entre o surdo e ouvinte, porém parece não haver um meio de comunicação totalmente assertivo. Soma-se a isso o fato de que a ausência de profissionais de saúde que sejam capacitados com a LIBRAS na Unidade de Saúde pode estar interferindo no protagonismo no cuidado de sua saúde.

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Autora: Elma Maizy Cardoso Farias Rocha

Objetivos: analisar o perfil epidemiológico de sífilis em gestantes das capitais brasileiras e descrever o perfil epidemiológico no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no período de 2007 a 2021. Métodos: Estudo transversal com dados dos casos notificados de sífilis gestacional nas capitais brasileiras e em Campo Grande entre 2007 a 2021. Dados foram extraídos do Datasus. Calculou-se a taxa de detecção e a tendência. Resultados: Apenas seis capitais tiveram a taxa de detecção maiores que o Brasil, sendo Campo Grande a segunda com maiores valores. A sífilis gestacional foi maior no grupo etário de 20 a 39 anos, de escolaridade mais baixa e de raça/cor preta, parda e indígena. Observou-se aumento significativo da sífilis gestacional entre 2011 a 2019. Em seguida foi observada tendência de queda não significativa. Conclusão: A sífilis gestacional é um importante problema de saúde pública, impactando as mulheres mais vulneráveis socialmente.

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Autora: Flavia Cibele Romeiro Mozer

INTRODUÇÃO: o câncer de colo uterino (CCU) ocupa a quarta posição de incidência a nível mundial, envolvendo gastos públicos e prejuízos à qualidade de vida da mulher acometida. OBJETIVO: Caracterizar o perfil das mulheres que realizaram o exame Papanicolaou segundo aspectos sociodemográficos, comportamentais e de saúde e o rastreamento de câncer de colo uterino no município de Campo Grande (CG), Mato Grosso do Sul, de 2013 a 2023. MÉTODO: Estudo ecológico, descritivo, com dados do Vigitel para os anos de 2010 a 2023. Foram analisadas as prevalências de realização do Papanicolaou, série histórica, comparações com demais capitais, região e País, além de caracterizar o perfil das mulheres que realizaram o exame segundo aspectos sociodemográficos, comportamentais e de saúde, segundo Vigitel 2021. RESULTADOS: A prevalência de realização do exame nos últimos 3 anos em 2021 foi 75,3% (IC95% 67,7 – 82,9%). O exame foi menos realizado pelas mulheres mais velhas (12,0% IC95% 8,6 – 16,7%). A maioria das mulheres não consumia álcool de forma abusiva (81,1% IC95 80,5 – 61,1%), não fumava (93,2% IC95% 87,7 – 96,4%), não praticava suficiente atividade física no lazer (68,6% IC95% 61,0 – 75,4%) e autoavaliou sua saúde de forma positiva (71,6% IC95% 53,0 -78,8%). Em 2011, 2013, 2018 e 2020 as coberturas de CG foram maiores do que a região Centro-Oeste. Campo Grande vem apresentando valores elevados de cobertura do Papanicolaou e embora a pandemia possa ter prejudicado este histórico, o município já demonstra indícios de recuperação dos valores anteriores à pandemia.

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Autora: Hellen Velasques Barros

O objetivo deste artigo foi analisar os efeitos do PMAQ-AB nas internações por condições sensíveis à atenção primária. Utilizou-se o método de estudo ecológico de abordagem quantitativa, que analisou dados oriundos da avaliação externa dos terceiro ciclo do PMAQ-AB realizado no estado de Mato Grosso do Sul, associado ao indicador de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) e taxa de cobertura de atenção básica. Foi realizada análise descritiva dos dados coletados. Os resultados apontaram que a taxa de cobertura de AB é um indicador de análise limitado, apesar de apresentar alta cobertura na maioria dos municípios, os índices de internações por condições sensíveis ainda se apresentaram elevados. Os municípios de grande porte que apresentaram um bom conceito de avaliação pelo PMAQ-AB contaram com menores índices de internações por condições sensíveis. Ao contrário dos municípios de médio e pequeno porte, onde essa relação foi inversamente proporcional, os municípios que apresentaram boa avaliação também possuíram indicadores elevados para internações.

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Autora: Isabella Schefler Henrique Cordeiro

Hipomineralização dos Segundos Molares Decíduos (HSMD) e Hipomineralização dos Molares e Incisivos (HMI) são defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário de ordem qualitativa, caracterizado por zonas de opacidades demarcadas de coloração de branco a acastanhado. A etiologia ainda é indefinida, mas de acordo com a literatura pode ser considerada multifatorial. A superfície irregular e rugosa da HSMD/HMI resulta em uma maior susceptibilidade de desenvolvimento de lesões cariosas e aumento significativo na
necessidade de atendimentos odontológicos quando comparado a paciente sem a alteração. O presente estudo avaliou o conhecimento e a percepção de cirurgiões dentistas da rede pública de Campo Grande-MS acerca do tema supracitado. Dos 255 questionários enviados, 53 foram respondidos, representando 20,78% da amostra. A maioria dos participantes tinha conhecimento sobre HSMD/HMI, mas 30,2% desconheciam sua prevalência na comunidade.
Fatores genéticos, condições pré, peri e pós-natais e uso de medicamentos foram associados à etiologia. A maioria percebeu um padrão diferente de cárie nesses pacientes, e a combinação de cimento de ionômero de vidro (CIV) com resina composta foi o tratamento mais comum.
Desta maneira, sugere-se a implementação de educação continuada, como palestras, cursos, treinamentos, seminários,dentre outras atividades para esses profissionais, bem como a necessidade de estratégias para melhorar a abordagem e tratamento aos pacientes com essas condições na atenção primária à Saúde.

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Autora: Isadora Carolina Sampaio Chavez

A Diabetes mellitus (DM) está entre as doenças crônicas mais prevalentes na população brasileira, e o indivíduo diabético requer cuidado diário e mudança no estilo de vida para manter bons valores glicêmico e evitar o surgimento de complicações. As consequências de uma DM mal controlada, torna-a um ponto de atenção no sistema de saúde, principalmente para as Unidades de Saúde da Família (USF), onde é feito o acompanhamento e vínculo deste paciente a fim de evitar internações e onerar o sistema. O cuidado clínico de doenças crônicas demanda um olhar às necessidades biológicas, psíquicas e sociais do indivíduo. Foi realizado um estudo aplicando a escala B-PAID (versão Brasileira da escala PAID – Problems Area in Diabetes) a 80 pacientes diabéticos de uma USF de Campo Grande/MS. As respostas foram relacionadas aos fatores: idade, sexo, gênero, tipo de tratamento, grau de instrução e valor da hemoglobina glicada (HbA1c) dos últimos 90 dias. A pesquisa consistiu em um estudo observacional analítico do tipo transversal. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente e discutidos. Foi observado a prevalência de DM em mulheres e um maior sofrimento emocional em: indivíduos mais jovens, altos valores de HbA1c e nas questões do B-PAID relacionados a alimentação. Conclui-se acerca da importância do acompanhamento multiprofissional e do cuidado integral a fim de refletir em melhora na qualidade de vida aos pacientes diabéticos.

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Autora: Jaiane Souza da Silva

Introdução: A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é a principal ferramenta para avaliar as alterações funcionais renais relacionadas ao processo de envelhecimento humano. A perda de néfrons funcionais e o decorrente declínio da TFG associados ao envelhecimento natural colocam as pessoas idosas em maior risco de lesão renal aguda e insuficiência renal, podendo ser necessário ajustes de dose principalmente em medicamentos hidrossolúveis de excreção renal. Este estudo teve como objetivo avaliar a necessidade de ajuste de dose de medicamentos a partir da TFG de pessoas idosas usuárias da Atenção Primária à Saúde. Tratou-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado na Unidade de Saúde da Família (USF) Dr. Judson Tadeu Ribas – Moreninha III, localizada em Campo Grande/MS, no período de março a novembro de 2023. A TFG foi calculada a partir da equação Modification of Diet in Renal Disease (MDRD). A necessidade de ajuste de dose dos medicamentos em uso pelos participantes foi realizada a partir de consulta à base de dados UpToDate®. Um total de 102 pessoas idosas com idade média de 70 anos (±5,17) participaram do estudo. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais frequentes foram hipertensão (n=93, 91,2%), diabetes (n=64; 62,7%) e dislipidemias (n=49, 48,0%), respectivamente. Quarenta e cinco (44,1%) participantes eram polimedicados. No total, 61 fármacos diferentes foram prescritos, especialmente a Metformina (n=49, 13,0%), a Losartana 46 (12,2%) e a Sinvastatina 40 (10,6%), respectivamente. Cinquenta participantes (49,0%) apresentaram algum grau de comprometimento da função renal. Além disso, 3 (2,9%) necessitavam de ajuste de dose para pelo menos um dos medicamentos em uso. Os medicamentos que necessitam ter suas doses ajustadas foram metformina e o alopurinol. A avaliação da TFG e da necessidade de ajuste de dose de medicamentos demonstrou ser de simples e rápida aplicação durante o cuidado farmacêutico às pessoas idosas na APS, além de apresentar o potencial de contribuir com melhores desfechos clínicos e econômicos em saúde.

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Autora: Julia Diniz de Andrade Dorneles

Esta pesquisa buscou realizar uma abordagem familiar sobre a percepção dos responsáveis acerca da saúde bucal na primeira infância em uma Unidade de Saúde da Família no município de Campo Grande. Foi realizada uma pesquisa analítica do tipo transversal, sendo aplicado um questionário pré-validado com pais e responsáveis por crianças até 6 anos. Dos 74 responsáveis entrevistados, mais da metade possui renda média de até um salário mínimo e apenas 4% possui ensino superior completo. Além disso, 35,1% dos responsáveis responderam que não receberam informações de como deveriam cuidar da higiene da boca e dentes do bebê/criança, Em 60% dos casos, a criança é a responsável por sua própria higiene oral e 55% das crianças não possuem o hábito de escovar os dentes antes de dormir; 32,4% relataram que nunca levaram seus filhos a uma consulta com o dentista. Os resultados sugerem que o conhecimento dos pais/responsáveis sobre saúde bucal está correlacionado principalmente com fatores sociodemográficos, destacando a influência da educação e condições financeiras na compreensão e prática de cuidados bucais. A compreensão desses fatores é crucial para desenvolver estratégias e atividades eficazes de promoção da saúde oral, visando abordar as lacunas de conhecimento identificadas e promover hábitos saudáveis desde a infância.

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Autora: Marbelis Yulimar Monroy Rivas

O processo saúde doença na perspectiva dos povos indígenas possui concepções diferentes sobre a noção de corpo, saúde, doença, vida, morte e sua relação com os modos de vida, produzindo uma forma distinta de pensar a saúde, ou seja, a compreensão do processo saúde-doença não segue regras nem conceitos universais, cada cultura constrói através de seus conhecimentos próprios, modos de explicar e lidar com a doença e a saúde. Sendo assim, o objetivo geral foi aproximar as demandas em saúde de duas comunidades indígenas em contexto urbano da Cidade de Campo Grande – MS, dos profissionais e serviços de saúde de uma Unidade de Saúde da Família responsável pela assistência da referida população indígena, com o intuito de construir estratégias para uma assistência culturalmente adaptada. Para tal finalidade, desenvolveu-se um Projeto de Intervenção (PI), fundamentado nos princípios da Educação Permanente em Saúde e na metodologia de problematização, seguindo os fundamentos do Método do Arco, de Charles Maguerez. O referido projeto ocorreu simultaneamente nas comunidades indígenas urbanas Água Bonita e Tarsila do Amaral e na Unidade Saúde da Família Vida Nova que atende essa população na cidade de Campo Grande- MS. A intervenção possibilitou o diálogo intercultural, assim como, problematizar as práticas de saúde e elaborar estratégias para a construção de uma assistência culturalmente adaptada. O processo de reflexão e elaboração das propostas evidenciou maior compreensão sobre a importância de considerar as especificidades culturais na assistência, como forma de qualificar e humanizar os cuidados. Espera-se que os resultados da pesquisa possam subsidiar a implementação de ações estratégicas que visem uma assistência em saúde diferenciada aos indígenas no contexto urbano.

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Autora: Marina Ametlla de Oliveira

A qualificação de profissionais por meio dos Programas de Residências em Saúde tem entre seus objetivos a mudança do modelo de atenção no Sistema Único de Saúde. O atendimento compartilhado é uma ferramenta inovadora nos processos de trabalho da Atenção Primária à Saúde, em especial na atuação do psicólogo, potencializando o compromisso com a integralidade e o protagonismo do usuário em seu cuidado. O trabalho teve como objetivo analisar os atendimentos compartilhados entre os psicólogos e demais profissionais que compõem a equipe de saúde da família em uma Unidade de Saúde da Família de Campo Grande – MS que é campo de práticas para Programas de Residências em Saúde. Trata-se de pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qualitativa utilizando do grupo focal e diário de campo como instrumentos de coletas de dados. A partir da análise dos dados realizada seguindo a proposta da Análise de Conteúdo surgiram quatro categorias: Atuação interprofissional nos processos de trabalho; Contradições de modelos de atenção no cotidiano de práticas; Aprendizagem interdisciplinar no Matriciamento; Criação de vínculos no trabalho em saúde. O Atendimento compartilhado é uma importante ferramenta do Matriciamento, ainda que existam dificuldades relacionadas aos processos de trabalho e modelo de atenção, possibilita garantir a integralidade do usuário assim como construir e fortalecer vínculos entre profissionais trabalhadores e, destes, com os usuários. Além de promover corresponsabilização do cuidado e interdisciplinaridade no trabalho em equipe.

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Autora: Natalia dos Reis Vaz

Objetivo: Compreender, por meio de uma pesquisa em bases secundárias, os fatores predominantes do Diabetes Mellitus tipo 2 na socidade e a dificuldade de adesão da população ao tratamento. Justificativa: O tema fora escolhido após observação em campo, na USF Jardim Itamaracá, no município de Campo Grande/MS, de pacientes que apresentam grande resistência a adesão medicamentosa, as dificuldades que encontram devido a doença e os fatores que dificultam a melhora do quadro. Metodologia: O presente estudo será realizado com dados secundários já presentes no sistema, junto a pesquisas científicas que corroboram com os achados. Resultados esperados: Identificar e compreender os fatores associados a doença e quais elementos dificultam o tratamento adequado da população, junto aos índices quanto a doença em território brasileiro.

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Autora: Natalina dos Santos Alves Silva

Problema: O Diabetes faz parte dos grupos de doenças crônicas que trazem diversas consequências e desafios para a saúde pública. A ascendência na curva da população com Diabetes predispõe os aumentos das complicações, entre elas a mais comum é o Pé Diabético. Diante dos riscos e complicações do problema, sendo que umas das estratégias que pode ser utilizada para prevenir tais situações é a realização de avaliação dos pés de usuários com Diabetes. O projeto de intervenção surge devido ao baixo número de pacientes diabéticos acompanhados na unidade de saúde Jardim Batistão com a realização de exame de pé diabético. Método: O projeto de intervenção foi realizado com usuários da área de abrangência da Unidade de Saúde da Família (USF) Hélio Martins Coelho, conhecida como Jardim Batistão, situada em Campo Grande – MS, especificamente na equipe Dinamarca, utilizando-se a ficha de avaliação de usuários com Diabetes disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Município (SESAU), com estratégias de educação em saúde, realização do exame no Hiperdia, demanda programada e atendimento domiciliar. Resultados: Foram realizadas trinta avaliações de pé diabético, sendo nove no grupo Hiperdia, quatro em atendimento domiciliar e dezesseis em demanda programada. Destas avaliações doze foram com grau de risco 0, treze com grau de risco 1, três com grau de risco dois e três pacientes com grau de risco três. Conclusão: Os resultados alcançados demonstram que o acesso à prevenção e promoção da saúde, deve ser dinâmica, os profissionais devem criar espaços dentro das agendas que oportunize a realização do exame de pé diabético. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam capacitados para realizar a avaliação de forma adequada.

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