Autora: Robejania Maria Campos de Almeida

Orientador (a): Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá

Título: A participação do parceiro no planejamento reprodutivo no Brasil, macroregiões e capitais segundo autodeclaração de mulheres em idade reprodutiva: Pesquisa Nacional de Saúde 2019

Introdução: Planejamento reprodutivo corresponde ao conjunto de métodos e técnicas que auxiliam a concepção e a contracepção, baseados em critérios científicos e individuais, utilizados pelo homem ou mulher, que garantem o direito à livre escolha de ter filhos ou não, e no momento que for oportuno. Objetivo: analisar a prevalência de participação do parceiro no planejamento reprodutivo entre mulheres no Brasil, Macrorregiões e capitais brasileiras e os fatores associados a essa participação. Métodos: estudo transversal a partir de dados de 995 mulheres em idade reprodutiva provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS). Estimou-se a prevalência e os percentuais de participação do parceiro no planejamento reprodutivo segundo variáveis selecionadas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para verificar as associações, utilizou-se o modelo de regressão logística e foram calculadas as razões de chance brutas (ORb) e ajustadas (ORaj) e os IC95%. Resultados: a participação do parceiro foi de 43,4% (IC95% 38,27-48,63) no Brasil, variou de 31,8% (IC95% 24,89-39,71) na região Nordeste a 56,4% (IC95% 42,81-69,14) na Sul e foi maior em Curitiba (77,67%; IC95% 41,53-94,45). Houve maior chance de participação do parceiro nas mulheres com maior escolaridade (ORaj 1,98; IC95% 1,12-3,48), da raça/cor de pele amarela (ORaj 6,90; IC 95% 1,43-33,25), com plano de saúde (ORaj 2,24; IC95% 1,14-4,39), cujo parceiro mora no mesmo domicílio (ORaj 2,44; IC95% 1,39-4,27) e utilizaram a tabela (ORaj 4,42; IC 95% 1,49-13,04) como método contraceptivo. Ser da raça/cor de pele preta (ORaj 0,30; IC95% 0,13-0,69) e parda (ORaj 0,57; IC 95% 0,34-0,95), solteira (ORaj 0,40; IC 95% 0,26-0,63), utilizar métodos para evitar gravidez (ORaj 0,38; IC 95% 0,24-0,59) e o uso de contraceptivo injetável (ORaj 0,34; IC 95% 0,18-0,64) associaram-se às menores chances. Conclusão: Esta análise pode subsidiar o direcionamento de ações e políticas públicas voltadas ao planejamento reprodutivo, de forma a promover condutas assertivas de promoção e inserção masculina nas estratégias de concepção e contracepção.

Palavras-chave: Planejamento Familiar. Participação do Parceiro. Estudos Transversais. Inquéritos Epidemiológicos. Pesquisa Nacional de Saúde.

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