Autor: Matheus Borela Rodrigues

Título: O uso de fitoterápicos na atenção básica como aliados no tratamento de insônia e no desmame de benzodiazepínicos.

Desde a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006, diversas ações e programas de fitoterapia vêm sendo implementadas no SUS, motivando a integração/inserção da medicina complementar e alternativa à medicina tradicional. Dentre os projetos desenvolvidos, destaca-se a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que elaborou diretrizes e ações para toda cadeia produtiva de fitoterápicos (BRASIL, 2012). Até 2008, estes serviços de fitoterapia já eram ofertados em mais de 350 municípios em todas as regiões do país, sob a forma de plantas in natura, plantas medicinais secas, fitoterápicos manipulados e fitoterápicos industrializados (BRASIL, 2008).

Desde a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006, diversas ações e programas de fitoterapia vêm sendo implementadas no SUS, motivando a integração/inserção da medicina complementar e alternativa à medicina tradicional. Dentre os projetos desenvolvidos, destaca-se a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que elaborou diretrizes e ações para toda cadeia produtiva de fitoterápicos (BRASIL, 2012). Até 2008, estes serviços de fitoterapia já eram ofertados em mais de 350 municípios em todas as regiões do país, sob a forma de plantas in natura, plantas medicinais secas, fitoterápicos manipulados e fitoterápicos industrializados (BRASIL, 2008).O desenvolvimento de medicamentos convencionais e a farmacognosia tradicional (estudo dos medicamentos derivados da natureza) costumam usar princípios ativos únicos isolados de materiais vegetais (HEINRICH, 2012). Em alguns casos, isso é altamente eficaz levando, por exemplo, ao desenvolvimento da aspirina, anestésicos opioides e digoxina. No entanto, em certos casos as tentativas de isolar os princípios ativos de extratos de plantas podem ser autodestrutivas, uma vez que os efeitos biológicos frequentemente dependem de interações sinérgicas e polivalentes entre os componentes da planta. Assim, é mais comum que os extratos das plantas contenham vários componentes potencialmente psicoativos com um efeito sinérgico entre as mesmas (WILLIAMSON, 2001). O desenvolvimento científico do setor, aliado ao fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família (ESF) vem criando novas oportunidades para a elaboração de planos terapêuticos envolvendo fitoterápicos. Ao permitir que o conhecimento popular participe do cuidado, a relação entre profissionais de saúde e comunidade se torna mais horizontal e o usuário se sente mais envolvido e corresponsabilizado em seu tratamento (BRASIL, 2012). Além disso, com a adição de novas opções terapêuticas torna-se possível também combater a medicalização excessiva, sobretudo no tratamento de transtornos mentais como estados leves de ansiedade e depressão reativa, condições clínicas cada vez mais predominantes em nosso meio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ao menos 18,6 milhões de brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade, o que corresponde a cerca de 9% da população, índice que aumenta a cada ano (PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2018).

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