Autor: Francislaine Moreira dos Santos

Título: Análise das práticas de insulinoterapia por pessoas com diabetes mellitus em uma unidade de saúde da família de Campo Grande – MS. 2022.

MOREIRA DOS SANTOS, Francislaine. Análise das práticas de insulinoterapia por pessoas com diabetes mellitus em uma unidade de saúde da família de Campo Grande – MS. 2022. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Residência – Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família SESAU/FIOCRUZ. Campo Grande/MS, 2022.

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada por distúrbios metabólicos que causam hiperglicemia, ocorre por defeitos na secreção ou ação da insulina, sendo o DM1 e o DM2 os mais comuns. No DM1 o uso da insulina é essencial, devendo ser iniciado assim que é dado o diagnóstico. Já em casos de DM2, os pacientes não são dependentes de insulina, porém seu uso pode ser necessário para se atingir controle metabólico. O objetivo deste estudo é analisar as práticas de armazenamento, preparo, administração e descarte dos materiais utilizados na insulinoterapia por pacientes portadores de DM. Foi realizado estudo do tipo descritivo quantitativo, em amostra de 40 usuários diabéticos acompanhados por uma unidade de saúde da família de Campo Grande – MS. Os dados foram coletados por meio de entrevista com formulário semiestruturado aplicado de novembro a dezembro de 2021. A maioria dos entrevistados (57,5%) era do sexo feminino, 42,5% possuíam ensino fundamental incompleto e 77% tinham mais de 51 anos de idade. 92,5% eram portadores de DM2 e 57,5% utilizavam a combinação de insulina humana NPH e Regular. Em relação ao armazenamento da insulina, verificou-se que 100% dos entrevistados armazenavam a insulina fechada na geladeira e 77,5% costumavam armazenar a insulina em uso também na geladeira. Quanto ao local de armazenamento da insulina dentro da geladeira, 47,5% guardavam na porta. Referente a aplicação da insulina, 100% dos pacientes realizavam a autoaplicação, 55% referiram homogeneizar a insulina agitando o frasco/caneta e 100% faziam rodízio dos pontos de aplicação. Quanto aos locais utilizados, 97,5% afirmaram aplicar a insulina, preferencialmente, no abdômen. A reutilização de seringas/agulhas foi confirmada por 77,5% dos entrevistados. Quanto ao descarte de seringas e agulhas, 80% dos entrevistados afirmaram depositar os materiais em recipientes caseiros que após eram entregues na USF e 5% desprezavam o material diretamente no lixo comum. 95% dos pacientes afirmaram ter recebido orientação de profissional da saúde sobre a insulinoterapia. Conclui-se que é importante realizar ações de educação em saúde sistematicamente, pois o paciente pode receber informações numa consulta e ter dificuldade de colocar em prática tudo que foi orientado, especialmente pacientes idosos e com baixa escolaridade.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Insulina. Educação em Saúde. Atenção Primária.

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