Autora: Adriyely de Oliveira

Introdução: A atenção primária em saúde desempenha um papel crucial no atendimento de mulheres em situação de violência doméstica, sendo a porta de entrada para usuárias. Objetivo: buscou compreender a percepção desses profissionais sobre o fluxo de atendimento a mulheres em situação de violência doméstica. Metodologia: Estudo qualitativo descrito-exploratório, realizado em agosto de 2023 com 20 profissionais de saúde em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Resultados e discussões: Os resultados revelaram desconhecimento do fluxo, dificuldades no atendimento e estratégias adotadas pelos profissionais. A subnotificação da violência doméstica é atribuída à inexperiência e falta de capacitação dos profissionais, além de obstáculos como estrutura física inadequada e sobrecarga de trabalho. Sugere-se a reflexão sobre a criação de um fluxograma na Atenção Primária em Saúde, protocolos orientadores, o desenvolvimento contínuo de ferramentas e capacitações e mais pesquisas são essenciais.

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AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE AJUSTE DE DOSE DE MEDICAMENTOS A PARTIR DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR DE PESSOAS IDOSAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autora: Jaiane Souza da Silva RESUMO: A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é a principal ferramenta para avaliar as alterações funcionais renais relacionadas ao processo de envelhecimento humano. A perda de néfrons funcionais e o decorrente declínio da TFG associados ao envelhecimento natural colocam as pessoas idosas em maior risco

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DISPARIDADES GEOGRÁFICAS NA ADESÃO AO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL:UMA ANÁLISE DOS INDICADORES DO PROGRAMA PREVINE BRASIL

Autora: Tania dos Santos Pelepke Orientador (a): Luciane Muoio Piasentini, Patrícia Nantes Monteiro Introdução: O pré-natal odontológico destaca-se como um cuidado especializadovoltado à promoção da saúde bucal durante a gestação, considerando astransformações fisiológicas e hormonais características desse período eque podem propiciar o surgimento e a intensificação de condiçõesodontológicas. Essa assistência

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ANÁLISE DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PLANEJAMENTO FAMILIAR EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE – MS

O Planejamento familiar (PF) deve ser um elemento essencial naprevenção primária de saúde, auxiliando as pessoas que procuram taisserviços, oferecendo tais informações necessárias para a escolha e usoefetivo dos métodos anticoncepcionais que melhor se adaptem àscondições atuais de saúde. Diante deste cenário, o presente trabalho temcomo objetivo analisar a adesão ao (PF) em uma Unidade de Saúde daFamília em Campo Grande – MS. Para tal, adotou-se uma abordagemqualitativa descritiva para examinar a adesão ao (PF) na Unidade deSaúde da Família Judson Tadeu Ribas, em Campo Grande – MS, ao longode quatro anos (2020 a parte de 2023). Os dados foram obtidos dosregistros de atendimentos dessa unidade, organizados em tabelas ISSN 1678-0817 Qualis B2 mensais para entender a procura por orientações sobre métodoscontraceptivos. Concomitantemente, um projeto foi implantado paraaprimorar o planejamento familiar, envolvendo novas abordagens,campanhas e estratégias para melhorar o acesso e compreensão dosmétodos contraceptivos. Os resultados revelam um aumento progressivona procura por esses serviços ao longo dos anos. Esse crescimentoconsistente sugere uma maior conscientização e interesse dacomunidade em buscar orientações sobre saúde reprodutiva. Conclui-seque a implementação de estratégias e políticas de saúde específicasdesempenhou um papel crucial nessa evolução, ressaltando aimportância contínua dessas iniciativas para atender às demandasdinâmicas da população e garantir acesso a informações essenciais paratomada de decisões conscientes sobre a saúde sexual e reprodutiva.

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Autora: Sandra Vieira Nunes

Objetivo: Analisar as condições de aderência ao programa de pré-natal de jovens no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal que utilizou dados secundários coletados do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos e do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), ambos disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Além disso, identificou-se a quantidade de consultas pré-natal, de forma a considerar gestantes, em Campo Grande/MS, até a idade de 19 anos comparado à dados semelhantes obtidos em diversas localidades do território nacional. Resultados: Descreveram-se em tabelas e interpretados, por meio da análise descritiva. Observou-se que as gestantes realizam o pré-natal conforme preconizado pelos protocolos ministeriais de no mínimo 6 consultas e testes rápidos, ao menos uma vez durante a gestação. Demonstrou-se que a escolaridade não interferiu na quantidade de consultas, tampouco nos testes, já o total de consultas esteve relacionado ao trimestre de início de pré-natal. Conclusão: Infere-se que as políticas públicas direcionadas ao atendimento do programa pré-natal na cidade de Campo Grande alcançam o propósito proposto pelo Ministério da Saúde.

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Percepção das usuárias de uma Unidade de Saúde da Família de Campo Grande sobre o impacto dos métodos contraceptivos sistêmicos (orais ou injetáveis) na cavidade oral

Mulheres são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e algumas políticas públicas estão destinadas, como para o planejamento familiar a partir do uso de métodos contraceptivos (MC). Para esta finalidade, hormônios sexuais femininos sintéticos são amplamente prescritos na apresentação de contraceptivos orais (regulares ou de emergências) ou intramuscular (injeções). Entretanto, estas formulações terapêuticas estão correlacionadas com alguns efeitos colaterais sistêmicos e orais, com ênfase para as alterações periodontais. O objetivo deste estudo é relatar a percepção de mulheres de uma Unidade de Saúde da Família (USF) em Campo Grande-MS sobre os efeitos adversos causados pelos MC orais e injetáveis na cavidade oral. Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado através de um questionário autoaplicável na USF Dr. Hélio Martins Coelho. Os dados foram organizados e analisados mediante estatística descritiva absoluta e percentual. Participaram do estudo 117 mulheres com idade entre 18 e 45 anos (média de 30,93), com destaque para as mulheres com até 35 anos (69,23%), com 91 (77,8%) que já possuíam filhos. Quanto ao uso de MC, os mais utilizados eram via oral (61,4%) seguido por injeções trimestrais (38.4%). As medicações foram prescritas por ginecologistas (44,7%), médicos generalistas (32,4%), enfermeiros (9,6%) e outros profissionais (13,1%). Os efeitos adversos sistêmicos foram observados por 71 mulheres (62,34%), já os orais em 16 (13,68%), sobretudo através de xerostomia, hiperplasia gengival e mobilidade dentária. Apenas 9 (7,69%) participantes já haviam recebido alguma orientação a respeito de eventuais efeitos adversos. Para o uso de contracepção de emergência, relatos de sangramento gengival, aumento da placa bacteriana e de lesões na mucosa oral foram encontrados. A pesquisa revela que mulheres com baixa renda e em uso principalmente de anticoncepcionais orais e injeções trimestrais apresentaram baixa percepção sobre os efeitos adversos orais em comparação com os efeitos sistêmicos, embora tenham sido citadas presença de xerostomia, hiperplasia gengival e mobilidade dentária.

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Estratégias para aumentar o indicador de adesão das mulheres na Coleta de Preventivo

O Câncer de Colo de Útero é um problema de Saúde Públicaque afeta as mulheres, sendo a quarta causa de óbito entre essapopulação. Um dos meios para se detectar precocemente é pelo examecitopatológico, realizado por profissionais de saúde nas unidades básicasde saúde. O objetivo dessa pesquisa de intervenção é a elaboração deestratégias para aumentar a adesão das mulheres nas consultas paracoleta do exame citopatológico. Método: Trata-se de um projeto deintervenção que foi realizado em uma UBSF, no período de agosto a ISSN 1678-0817 Qualis B2 outubro de 2023, com mulheres entre 25 a 64 anos, com vida sexual ativa. Resultado: Os dados mostram que as estratégias para aumentar a adesãodas mulheres no exame Citopatológico não surtiram efeito esperado. Ascausas para o absenteísmo das mulheres nas coletas de examecitopatológico podem estar relacionados a sentimentos deconstrangimento, medo, vergonha e ansiedade. A intervenção não causouum impacto grande a ponto de fazer o indicador do Programa PrevineBrasil aumentar Apesar das estratégias não terem sido eficazes, foievidenciado que a educação em saúde é considerada estratégiafundamental para captação das mulheres. Considerações finais: Arealização de propostas de intervenções pode gerar uma melhor adesão econhecimento da população sobre o exame citopatológico.

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Autora: Jaiane Souza da Silva

Introdução: A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é a principal ferramenta para avaliar as alterações funcionais renais relacionadas ao processo de envelhecimento humano. A perda de néfrons funcionais e o decorrente declínio da TFG associados ao envelhecimento natural colocam as pessoas idosas em maior risco de lesão renal aguda e insuficiência renal, podendo ser necessário ajustes de dose principalmente em medicamentos hidrossolúveis de excreção renal. Este estudo teve como objetivo avaliar a necessidade de ajuste de dose de medicamentos a partir da TFG de pessoas idosas usuárias da Atenção Primária à Saúde. Tratou-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado na Unidade de Saúde da Família (USF) Dr. Judson Tadeu Ribas – Moreninha III, localizada em Campo Grande/MS, no período de março a novembro de 2023. A TFG foi calculada a partir da equação Modification of Diet in Renal Disease (MDRD). A necessidade de ajuste de dose dos medicamentos em uso pelos participantes foi realizada a partir de consulta à base de dados UpToDate®. Um total de 102 pessoas idosas com idade média de 70 anos (±5,17) participaram do estudo. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais frequentes foram hipertensão (n=93, 91,2%), diabetes (n=64; 62,7%) e dislipidemias (n=49, 48,0%), respectivamente. Quarenta e cinco (44,1%) participantes eram polimedicados. No total, 61 fármacos diferentes foram prescritos, especialmente a Metformina (n=49, 13,0%), a Losartana 46 (12,2%) e a Sinvastatina 40 (10,6%), respectivamente. Cinquenta participantes (49,0%) apresentaram algum grau de comprometimento da função renal. Além disso, 3 (2,9%) necessitavam de ajuste de dose para pelo menos um dos medicamentos em uso. Os medicamentos que necessitam ter suas doses ajustadas foram metformina e o alopurinol. A avaliação da TFG e da necessidade de ajuste de dose de medicamentos demonstrou ser de simples e rápida aplicação durante o cuidado farmacêutico às pessoas idosas na APS, além de apresentar o potencial de contribuir com melhores desfechos clínicos e econômicos em saúde.

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Autora: Robejania Maria Campos de Almeida

Introdução: Planejamento reprodutivo corresponde ao conjunto de métodos e técnicas que auxiliam a concepção e a contracepção, baseados em critérios científicos e individuais, utilizados pelo homem ou mulher, que garantem o direito à livre escolha de ter filhos ou não, e no momento que for oportuno. Objetivo: analisar a prevalência de participação do parceiro no planejamento reprodutivo entre mulheres no Brasil, Macrorregiões e capitais brasileiras e os fatores associados a essa participação. Métodos: estudo transversal a partir de dados de 995 mulheres em idade reprodutiva provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS). Estimou-se a prevalência e os percentuais de participação do parceiro no planejamento reprodutivo segundo variáveis selecionadas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para verificar as associações, utilizou-se o modelo de regressão logística e foram calculadas as razões de chance brutas (ORb) e ajustadas (ORaj) e os IC95%. Resultados: a participação do parceiro foi de 43,4% (IC95% 38,27-48,63) no Brasil, variou de 31,8% (IC95% 24,89-39,71) na região Nordeste a 56,4% (IC95% 42,81-69,14) na Sul e foi maior em Curitiba (77,67%; IC95% 41,53-94,45). Houve maior chance de participação do parceiro nas mulheres com maior escolaridade (ORaj 1,98; IC95% 1,12-3,48), da raça/cor de pele amarela (ORaj 6,90; IC 95% 1,43-33,25), com plano de saúde (ORaj 2,24; IC95% 1,14-4,39), cujo parceiro mora no mesmo domicílio (ORaj 2,44; IC95% 1,39-4,27) e utilizaram a tabela (ORaj 4,42; IC 95% 1,49-13,04) como método contraceptivo. Ser da raça/cor de pele preta (ORaj 0,30; IC95% 0,13-0,69) e parda (ORaj 0,57; IC 95% 0,34-0,95), solteira (ORaj 0,40; IC 95% 0,26-0,63), utilizar métodos para evitar gravidez (ORaj 0,38; IC 95% 0,24-0,59) e o uso de contraceptivo injetável (ORaj 0,34; IC 95% 0,18-0,64) associaram-se às menores chances. Conclusão: Esta análise pode subsidiar o direcionamento de ações e políticas públicas voltadas ao planejamento reprodutivo, de forma a promover condutas assertivas de promoção e inserção masculina nas estratégias de concepção e contracepção.

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Autor: Paulo Augusto Franco Silva

Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamentada na cartografia. O objetivo foi debater como está sendo realizado o atendimento da população transexual e travesti na APS em Campo Grande – MS e discutir se as políticas públicas voltadas à essa população estão sendo efetivas nos serviços de saúde. Por meio de relatos feitos a partir de encontros entre o pesquisador com os/as pacientes e profissionais nos espaços de atendimento de uma USF, acompanho o objeto de estudo sem deixar de lado as inquietações diárias presentes. A partir de duas cenas, discuto neste trabalho sobre como as iniciativas de fortalecimento e garantia dos direitos da população LGBTQIA+ são lideradas muitas vezes por indivíduos e não por ações institucionais, transformando o cuidado às pessoas transexuais e travestis em um processo de resistência, coordenado coletivamente por poucos/as. Além disso, reflito sobre como os espaços destinados à promoção da saúde acabam perpetuando violências que impactam a saúde tanto em usuários/as quanto em profissionais da saúde transgêneros que atuam nesses locais. Tais reflexões apontam a resistência de profissionais na efetivação das políticas públicas voltadas à população trans e sugere que há uma necessidade de capacitação continuada e atualização acerca de temáticas de gênero e sexualidade.

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